Urbanismo

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O núcleo mais antigo da cidade, consolidado numa matriz reticulada, ocupa a totalidade da freguesia de Espinho e corresponde a um dos melhores exemplos de malha urbana ortogonal. Verificam-se expansões de crescimento urbano para Nascente, nomeadamente na freguesia de Anta, com base no definido nos instrumentos de planeamento e ocupação de forma menos densa nas freguesias de Silvalde e Paramos privilegiando o modelo extensivo ao longo das vias de comunicação existentes. 



Destacam-se, em Espinho, como referências: o mar, enquanto elemento gerador de atividades com importância económica, ambiental e social, em estreita articulação com a gestão da zona costeira, e potenciando o valor de paisagem; a via-férrea, elemento estruturante da cidade e meio de transporte privilegiado; a malha urbana, com um caráter identitário e distintivo a nível nacional; os equipamentos, constituindo uma oferta de excelência na área da cidade, principalmente nos domínios da cultura, do lazer e do desporto; e por último, a paisagem natural, a sul, que estabelece a transição entre a frente marítima urbana de Espinho e a Lagoa de Paramos. 
Espinho faz parte do primeiro anel de municípios que integram a Área Metropolitana do Porto e tem preservado a sua identidade e alguma autonomia relativamente à cidade do Porto, relacionando-se com os diferentes sistemas regionais de uma forma ativa.
Contudo, o concelho necessita de afirmar e fortalecer o seu papel neste quadro regional, com vista a oferecer atividades e produtos complementares e distintos. Claro indício disso é o fato de, nas últimas décadas, Espinho ter vindo a perder população e como tal necessita de encontrar estratégias que invertam estas tendências, valorizem as suas especificidades e reforcem a sua atratividade.
Espinho deve assentar na sua história e explorar as potencialidades que dela decorrem, respeitando o caráter e as especificidades existentes.
Inserido o Município num conjunto de eixos urbanos do Litoral Norte, é necessário consolidar a sua estruturação com reforço de uma forte mobilidade inter-urbana e concertação estratégica das políticas públicas, passando pelo desenvolvimento de funções urbanas mais qualificadas e diferenciadoras e sustentáveis.


Objetivos

Reforço dos Níveis de Coesão Social

  • Definição de um modelo de ordenamento que promova a colmatação e contenção dos perímetros urbanos em detrimento de políticas expansionistas, permitindo a rentabilização das infraestruturas, a racionalização e maior cobertura dos equipamentos públicos, a otimização dos movimentos pendulares e a salvaguarda dos recursos naturais; 
  • Melhoria da articulação da rede de acessibilidade externa com a interna; 
  • Hierarquização funcional da rede viária, melhorando as condições de mobilidade interna e as acessibilidades terminais e criando sistemas de circulares que promovam a conetividade entra as vias radiais; 
  • Promover a articulação entre os vários modos de transporte e o modo de transporte suave, dispondo de interfaces intermodais nos nós das redes de transportes e de vias dedicadas aos percursos cicláveis; 
  • Otimização da rede de equipamentos de perfil social da cidade e das restantes freguesias, reforçando a igualdade de oportunidades de acesso por parte de todos em termos de integração e inclusão sociais. 

Promoção dos Valores Naturais e Patrimoniais do Concelho

  • Valorização da rede hídrica enquanto sistema ecológico fundamental e componente principal da estruturação territorial e do continuum verde associado ao lazer; 
  • Reforço da relação com o mar, requalificando a frente urbana e "abrindo" a cidade ao mar, no contexto urbano, e, no contexto rural, assegurando a salvaguarda dos valores naturais e paisagísticos e promovendo-os enquanto mais-valia ambiental e territorial, 
  • Promoção da malha da cidade como valor patrimonial e identitário;
  • Integração do Castro de Ovil na rede verde e cultural do concelho.

Qualificação e Disponibilização dos Espaços Dedicados às Atividades Económicas

  • Adoção de uma política de acolhimento industrial ativa, quer no sentido de ordenar o espaço industrial quer para induzir a diversificação;
  • Revitalização do comércio tradicional local como oportunidade para a reabilitação e revitalização urbanas e desenvolvimento de uma fileira de suporte à qualidade de vida local à animação urbana e ao turismo;
  • Relocalização das áreas industriais e da fileira da logística, requalificando a atual área empresarial da cidade como polo de criatividade e inovação; 
  • Dinamização do turismo, apostando complementarmente nos produtos "turismo ambiental, cultural, e patrimonial".
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